quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Residência Artística em Torres Vedras - dia II



A Dona Aurora era muito comunicativa e sempre que nos encontrava contava-nos coisas. Fomos finalmente desenha-la a sua casa, estava prometido.



A Dona Domingas ficou um bocadinho desconfiada quando lhe perguntei se a podia desenhar, foi uma neta que a convenceu a estar um bocadinho comigo e a conversar. Mostrei-lhe alguns desenhos que já tinha feito e reconheceu o Sr. Mineiro, o primeiro desenho que tinha feito e que não saíra nada bem "parece uma casca de cebola" disse ela a rir-se. Contou-me da sua vida e das plantas que a rodeavam. Ali no Bairro Reis toda a gente se esmerava por ter uma bonita e florida entrada, era uma questão de esmero. Enquanto falávamos remendava umas meias. A Dona Domingas também teve presente na apresentação com a sua neta.



Ao pé das suas floridas entradas estas duas vizinhas conversaram um pouco comigo. A Dona Joana contou-me esta história curiosa de que os filhos às vezes entravam no matadouro à noite e desatavam os animais que fugiam mal se abriam as portas de manhã. No dia anterior tinha ouvido o Bruno a contar a história de que os animais às vezes fugiam do matadouro mal se abriam as portas e agora a história fazia sentido :).



O Sr. Francisco Vicente foi das pessoas mais surpreendentes que conhecemos. Foi por acaso, o António estava a desenhar a escadaria que dava para a sua porta e ele aparece na rua a dizer que é a sua porta  e se não queríamos entrar para conhecer os seus troféus, pois era um competidor olímpico! Ficámos na expetativa do que íamos encontrar e seguimo-lo. Nada fazia prever que íamos encontrar uma sala repleta até ao teto de troféus e medalhas!



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