segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Marinha Parda

Domingo não podia deixar de aproveitar o bom tempo que fazia em Aveiro para desenhar. Já saí um bocado tarde e comecei eram umas 11:00h. Queria desenhar uma marinha que tinha visto num passeio perto da zona da antiga lota de pesca, a ideia era fazer uma aguarela porque o palheiro era muito bonito, decorado com muitos azulejos. O azul da ria estava mesmo forte e a manhã luminosa, a paisagem estava mesmo bonita! Como sempre começo a entusiasmar-me com a linha e questiono-me se vou mesmo pegar na aguarela. A dúvida ficou desfeita quando percebo que me esqueci dos pincéis!
Embalei no som do silêncio e de umas aves ali perto e não dei pelo tempo passar, não fosse a sensação de fome a anunciar que a hora do almoço já estava avançada... Ouvi então alguém a falar e pareceu-me ouvir chamar pelo meu nome, pelo que me virei. Desde o palheiro de uma outra marinha atrás de mim um senhor dizia-me: "Ñão é Joana mas não faz mal, eheh, você ainda desmaia aí à tanto tempo sem comer, venha almoçar connosco e depois volta ao seu trabalho!" Depois de alguma insistência lá fui. Foi um almoço muito simpático, com uma caldeirada de enguias muito boa e em excelente companhia :)
Afinal esta marinha que desenhei também era do sr. Maia, é a marinha Parda e esta outra onde fica o palheiro em que almoçamos, é a marinha Vigária da Calda Veia!
Ganha-se assim um manhã, não só pelo prazer que foi fazer o desenho, mas tb pela aproximação e convívio que desperta nas pessoas. Gosto mesmo desta parte :)


O palheiro da marinha Parda, com a cidade de Aveiro ao fundo.

2 comentários:

Miú disse...

A composição está linda — e desta vez acho que ficou lindamente sem cor, Suzana. Mas conheço bem esse dilema! :)

Suzana disse...

Obrigada Miú :) o esquecimento das aguarelas resolveu o problema eheh