Caneta nova!

De manhã estive pelo Porto e aproveitei que estava perto de uma papelaria de material de artes e entrei, precisava de recargas para a minha Penart. Reparei nas Pilot Parallel que estavam no balcão e recordei-me de ter gostado bastante do resultado dos desenhos de alguém que as usava. Vai dai, levei uma para mais umas experiências, e adorei o resultado. O papel não seria o melhor, pois é bastante texturado, mas a versatilidade do traço encantou-me.
Passei a viagem de comboio a desenhar as pessoas que se entretiam a dormir, ler, falar o telefone... adoro desenhar pessoas. Sentou-se um velhote à minha frente com uns traços muito vincados, pensei em pedir-lhe se não se importava que o desenhasse, mas acabei por não fazê-lo, achando que se ia sentir constrangido. Passou a viagem a olhar para os meus movimentos muito interessado no que via no caderno... quando o percurso da viagem acabou em Aveiro, todos saíram menos o velhote, este levantou-se e sentou-se no banco da frente, para fazer o mesmo percurso no sentido inverso... ai percebi e arrependi-me de não lhe ter feito a pergunta, quem sabe a solidão não pudesse ter sido um pouco apaziguada.